domingo, 7 de agosto de 2016

Mediunidade com Caridade

José Francisco Costa Rebouças
Analisando o benefício representado pela mediunidade, "abençoada ferramenta de que dispomos para alcançar os cimos da libertação", chegaremos invariavelmente à conclusão de que nada mais é que a grande oportunidade que a bondade celeste, através da reencarnação nos concede de continuarmos resgatando antigas dívidas assumidas por todos nós mergulhados na carne, trazidas de épocas recuadas, a se apresentarem como compromissos inadiáveis que temos de saldar perante a Lei divina, a se apresentarem por limitações e angústias, transformando-se mais tarde em desequilíbrios da emoção.
Em razão disso, reencarnamos sujeito a dores regulamentadoras e aflições disciplinantes, para que através do exercício mediúnico, que nos faculta reencontros espirituais com os que continuam na erraticidade, nos candidatarmos através do trabalho em forma de caridade no intercâmbio entre os dois mundos, material e espiritual, a elaborar nossa ascensão na busca da sublimação a que nos destinamos.
Nesse contato, com os Espíritos sofredores desencarnados, podemos nós médiuns exercer o sublime dom da comunicabilidade que nos permite colocarmo-nos a serviço dos irmãos que estão necessitados desse tipo de atendimento, fazendo a filtragem mediúnica, que está na razão direta das chagas que o médium conduz das experiências pregressas, e são através delas que se ergue para a renovação sofrendo e amando, em constante exercício do bem operante.
Ocorre, no entanto, que diante do fenômeno incipiente e transitório, muitas vozes se levantam para blasfemar contra o animismo, com enorme impaciência e incompreensão com o animista, como se fosse ele conscientemente responsável pela deficiência de filtragem psíquica de que se faz intermediário. É justamente na manifestação anímica que encontramos excelentes ensejos, para auxiliar o médium que sofre, esclarecendo-o e iluminando-o com a palavra evangelizadora e doutrinária de que tem necessidade.
Sendo, pois, o médium um Espírito em constante processo de aprimoramento moral, é natural que se lhe permitam equívocos e enganos, aflições e fraquezas que a ele mesmo compete corrigir, manipulado por forças indômitas do passado, que nele se enraizaram em incessante clima de luta libertadora.
Por isso, se tomba nos percalços da estrada, compadeçamo-nos dele, se vence os entraves da estrada, rejubilemo-nos com ele, pois sua vitória é também nossa como nos ensinou o mestre dos mestres quando nos disse: "fazei aos outros, o que gostaria que os outros lhe fizessem".
Mediunidade é caminho de serviço evolutivo por onde seguem, carregando a cruz, os Espíritos em prova. Por isso, se não nos cabe confundir fenômeno anímico de procedência íntima do médium mesmo, com fenômeno mediúnico de origem espiritual daqueles que transpuseram a porta do túmulo, não nos cabe, também, perseguir o animismo afligindo o animista, como se o doente e não a doença merecesse nosso combate acirrado.
Amparemos, desse modo, nossos companheiros de atividade mediúnica, sem lhes exigir além das próprias possibilidades, compreendendo que a caridade começa, inicialmente, entre aqueles que a exercitam em relação aos outros, como nos propôs o Mestre na parábola do Bom Samaritano "ajudar o próximo mais próximo".

Reuniões Publicas - Todas a Segunda-feira as 20:00hs

Escala de Agosto:

01 - TEMA: Educação Infantil - Orador: Norberto Tomasini
08 - TEMA: Caridade com os Criminosos - Oradora: Paula Tomasini
15 - TEMA: Todas as Religiões - Oradora: Simone  Meneguetti
22 - TEMA: O que é Mediunidade e suas Implicações - Oradora: Geni Morandi
29 - TEMA: Os Bons Herdaram a Terra -  Tania Fernendes Carvalho

Atendimento Fraterno: Inicia as 19:30hs (Resp: Simone Menegueti)
Telefone: 011-29415034





domingo, 3 de abril de 2016

Onde estão os fundamentos
do Espiritismo?

Quando se inicia a aprendizagem em determinada área do conhecimento humano não se pode negligenciar as fontes que servirão como base para estudo.

Fontes verídicas, idôneas, corretas, proporcionarão ao estudante conhecimentos verídicos, idôneos e corretos da ciência que ele se propôs a pesquisar.

No entanto, o inverso é verdadeiro, ou seja, se as pesquisas desse estudante tiveram como base fontes equivocadas da ciência por ele estudada, fatalmente seu conhecimento será falho e suas ideias estarão em descompasso com a realidade.

Adaptando essa situação ao cotidiano do estudioso da Doutrina Espírita, percebe-se a importância da utilização de fontes confiáveis para que o estudo seja eficaz.

E no caso da Doutrina Espírita, forçoso admitir que sua base está explícita nos livros que compõem a codificação, assim descritos: O Livro dos Espíritos, O Livros dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese, além dos exemplares da Revista Espírita.

Por isso é digno de registro o relançamento da campanha: Comece pelo começo, idealizada pela USE do Estado de São Paulo.

A campanha tem como meta principal despertar o interesse pelo estudo das obras da codificação espírita, pois elas trazem em si, indubitavelmente, os fundamentos pertinentes ao Espiritismo.

Todos os livros que vieram depois da codificação, inclusive os romances espíritas, tiveram como pedra angular as obras legadas pela Espiritualidade em trabalho desenvolvido por Allan Kardec. Não há, portanto, como ignorá-las.

Aliás, é digno de registro que a Espiritualidade utilizou uma técnica muito difundida no mundo empresarial contemporâneo para trazer as diretrizes espíritas a nós: Planejamento Estratégico.
Os empreendedores do Além sabiam que para o sucesso do Espiritismo era importante que estivesse à frente da tarefa alguém com facilidade e comunicação, ótima linguagem, senso de organização e capacidade em tratar assuntos complexos e profundos com a simplicidade dos grandes mestres.

Por isso, estrategicamente o planejamento foi elaborado para a figura de Allan Kardec.

Pedagogo de exímio conhecimento nos mais diversos campos do saber humano, Kardec absorveu as lições da Espiritualidade desdobrando-as em livros valorosos e capazes de descortinar novos horizontes à criatura humana.

Importante salientar que sua vasta cultura não foi impeditiva para que o Espiritismo surgisse como doutrina de fácil assimilação.

Sua linguagem é profunda na essência e simples na roupagem. Claro, objetivo, didático, as obras traçadas por suas mãos estão ao alcance das mais diferentes condições intelectuais da criatura humana.

Seus exemplos são compreensíveis e ilustram de maneira significativa situações do cotidiano das pessoas.

Ao pesquisar as obras básicas e os exemplares da Revista Espíritao leitor terá  farto material para conhecer com mais profundidade a Doutrina dos Espíritos.

E, diante de todos os conhecimentos e informações contidos nos livros da codificação, vale a pena ressaltar a importância da campanha “Comece pelo começo”, como propõe a USE Estadual de São Paulo, incentivando-nos, pois, a estudar as obras legadas pela Espiritualidade e codificadas com exímia maestria pelo francês Allan Kardec, porquanto nelas estão contidos os fundamentos do Espiritismo.

domingo, 13 de março de 2016

Avisos Mês !!!


         APSE – Assistência e Promoção Social Espirita:
- convida voluntários para as atividades as quartas e também para o segundo sábado do mês;
- para 02 de abril (sábado) as 10:30hs, convida para reunião de planejamento de novos trabalhos;
- Campanha de Inverno do Quadrado de Crochê, tamanho 20x20, qualquer cor ou ponto, para confecção de cobertores para crianças. Trazer ate 02 de maio.
         Departamento Infantil:
- Encontro de Educadores Espíritas, em 19 de março (próximo sábado), quem pretende de se tornar um Educador procurar o Beto para participar do evento, realização da USE-Tatuapé
Departamento do Livro:

- O Departamento recebe encomendas de livros e convida a participarem do Clube do Livro: o sócio recebe lançamentos (doutrinários e romances) a cada 2 meses, e paga no recebimento do livro apenas R$ 15,00.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Minha fotoNesta Segunda-feira dia 29/02 as 20:00 em nossa sede, teremos a palestra de Manolo Quesada com o tema: ERRAR É HUMANO, PERDOAR TAMBÉM 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Sobre animais e espiritismo


Wladisney Lopes da Costa

Alguns espíritas, apegados ainda a antigas raízes religiosas, fazem certa confusão entre princípio inteligente e o Espírito. Pelo imenso amor aos animais, principalmente gatos e cachorros, querem reencontrá-los na espiritualidade e até, se possível, receber noticia deles.
Buscando resposta na Doutrina Espírita não é difícil entender o que acontece. Logo após a questão 76 de O Livro dos Espíritos, em uma nota, fica muito clara a diferença entre Espírito - utilizado para designar a individualidade dos seres extracorpóreos - e o elemento (princípio) inteligente do Universo. Esta simples compreensão daria para entender que a diferença entre o Espírito e o princípio inteligente dos animais é equivalente à distância que separa os homens de Deus (questão 597 A, da mesma obra).
Na resposta à questão 600 nos aprofundamos nesse entendimento ao ler que este princípio ou alma do animal ”depois da morte é classificado pelos Espíritos a quem incumbe esta tarefa e é utilizado quase imediatamente, não lhe sendo dado tempo de entrar em relação com outras criaturas”.
Se mesmo assim ainda restasse alguma dúvida, uma consulta a O Livro dos Médiuns no capitulo XXV, que trata das evocações, item 283, sobre evocações de animais, temos a seguinte afirmação: “Assim, no mundo dos Espíritos não há espírito de animais, mas unicamente espíritos humanos”. Kardec insiste e pergunta: “Como tendo evocado animais algumas pessoas obtiveram resposta?”. E em resposta jocosa ensinam: “Evoca um rochedo e ele te responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a tomar a palavra sob qualquer pretexto”.
Ora, se está tudo tão claro nas obras básicas por que então este artigo? Porque no meio espírita, nos últimos tempos, algumas pessoas que têm extremo amor pelos animais passam por cima de ensinamentos doutrinários tentando introduzir aquilo que gostariam fosse verdade. Citam até obras de André Luiz que relatam animais na espiritualidade esquecendo-se que não passam de formas plasmadas pelo pensamento (assim como as construções, entre outros exemplos) ou espíritos que assumem aparência de animais pela metamorfose perispiritual, subjugados por ações hipnóticas emitidas por mentes poderosas e opressoras.
Em ambos os casos, de um lado a ideoplastia atendendo a finalidades enobrecidas e, de outro lado obedecendo a vínculos de afinidades em que vítimas e algozes se identifiquem para realizarem o trabalho de se auto-educarem reciprocamente, visando o cumprimento da Lei Maior que confere a cada um o resultado daquilo que procura.
 Não podemos ter um “Espiritismo à moda da casa”, induzindo pessoas ao erro. Temos responsabilidades e por ela responderemos, com base nos princípios que abraçamos e buscamos vivenciar.